Moradora comemora: “sou vizinha de peixes”
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Moradora comemora: “sou vizinha de peixes”
Acordar pela manhã, abrir a janela e ter na sua frente a paisagem de um rio limpo, com peixes e uma vegetação que mantém a temperatura em níveis ideais parece ser algo impossível para quem mora no centro da cidade, mas em Botucatu não é!
A moradora da casa de número 10, da rua dr. Rafael Sampaio, Júlia Graziela Ferreira, 37 anos, vive essa realidade. Sua residência fica a menos de três minutos de caminhada do centro da cidade, nas margens do rio Lavapés.
“Abro a janela e consigo ver os peixes nadando no rio. Muitos são pequenos, mas tem uns cinco ou seis grandes”, enumera.
A presença de vida no rio é algo inusitado, já que há menos de uma década o rio Lavapés, mesmo livre do descarte de esgoto, ainda apresentava pontos de poluição e mal cheiro. “O pessoal para sobre a ponte para observar o leito do rio e ver se encontra os peixes e ficam felizes quando conseguem observar eles nadando próximos à margem”, relata.
De acordo com ela, não são apenas os peixes que estão se aproveitando a limpeza do rio. “As crianças entram na água para buscar a bola que sempre cai para aqueles lados. Tem também um casal carente que diariamente, no final da tarde, toma banho nas águas”.
A presença dos peixes da espécie Acará no leito do Lavapés foi motivo de comemoração do prefeito Mario Pardini em sua página do Facebook, há cerca de seis meses, ao comentar sobre uma dupla que pescava sobre uma ponte no final da rua Amando de Barros.
“Em 2014, o Rio Lavapés, que passa por uma grande extensão da nossa Cidade foi despoluído, e hoje, ao ver uma cena como essa, de botucatuenses pescando em pleno centro da Cidade, é muito gratificante”, disse na postagem.
A TV Prefeitura inclusive produziu um vídeo sobre a pescaria onde entrevistaram pai e filho pescadores Kunio e Fábio Arakaki, que na ocasião apresentaram um balde com os animais.
No vídeo Kunio relata que percebeu a volta dos peixes quando presenciou garças bicando a água e se alimentando dos animais, próximo ao Asilo Padre Euclides e garante que na primeira vez que jogaram as iscas na água pegaram 40 deles.
Adeptos da pesca esportiva eles devolvem todos os animais ao leito do rio.