Casa da família Sabino Localizada na esquina da rua 1° de Março em em ,
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Casa da família Sabino Localizada na esquina da rua 1° de Março
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Latitude: -21.529174979199
Longitude: -42.644312023208
Endereço: Rua Gabriel Magalhães
Descrição: Casa da família Sabino Localizada na esquina da rua 1° de Março (atual rua Gabriel Magalhães) e o Largo Visconde do Rio Branco (atual praça Professor Botelho Reis, a popular “Praça do Ginásio”).
O escritor Fernando Sabino escreveu em seu livro “O grande Mentecapto” publicado em 1979:
“Meu avô Nicolau, italiano de nascença, era dono do Salão Recreio, um bar com pitoresco caramanchão na antiga rua 1 ° de Março, local também conhecido como praça do Ginásio, com uma tabuleta à entrada em que, para não vender fiado, ele se valia da célebre advertência de Dante:
"Lasciate ogni speranza voi ch'entrate."
Importava barris de Chianti da Itália e foi o introdutor do sorvete em Minas Gerais, no ano de 1892, para o que fazia vir do Rio, pela Estrada de Ferro Leopoldina, blocos de gelo encaixotados e protegidos por serragem (a metade se derretia pelo caminho). E meu pai, seu Domingos, (antes de casar-se com a suave dona Odette), inspirado mais pelo vinho que pelo sorvete, juntou-se a um farmacêutico de nome João Teixeira e abriu uma fábrica de Soda e de Água de Selters - precursora, portanto, da alka-seltzer. Dos dois feitos muito me orgulho. Perdão, leitores.”
No livro o escritor narra a passagem do fictício personagem Geraldo Viramundo pela terra natal de seus pais em que ele, Fernando passava as férias.
Fernando Sabino nasceu em Belo Horizonte em 1923 e faleceu no Rio de Janeiro em 2004.
Era filho de Domingos Sabino e Odete Lacerda Tavares, ambos nascidos em Leopoldina, ele em 1881 e ela dez anos depois.
Fernando era neto paterno de Nicola Carmelo Rosário Savino, nascido em 1852 em Ispani, província de Salerno, região da Campania, na Itália. A avó paterna, Angela Maria Grazia Apprato, nasceu na mesma localidade em 1855. Ambos fazem parte do grupo de imigrantes italianos que já vivia em Leopoldina em 1880, quando começou a tomar vulto a imigração italiana para nosso município.
Seu avô materno foi o jurista Fernando Pinheiro de Souza Tavares, que aqui exerceu os cargos de Juiz de Órfãos e de Promotor Público, tendo falecido em 1902, em Leopoldina.
A avó materna foi Maria da Glória Lacerda, nascida e falecida em Leopoldina, filha do pioneiro Romão Pinheiro Corrêa de Lacerda, um dos povoadores do Feijão Cru. Maria da Glória era prima do marido Fernando, por ser ele neto de Albina Joaquina de Lacerda, irmã de Romão Pinheiro Corrêa de Lacerda.
Portanto, os ancestrais de Fernando Sabino representam dois importantes aspectos da história de Leopoldina:
o povoamento do Feijão Cru e a imigração italiana em Leopoldina.
Lembramos, ainda, que o pai do escritor, Domingos Sabino, viveu em Leopoldina até 1909, tendo sido o que hoje pode ser considerado um empreendedor.
Além de trabalhar com o pai Nicola no famoso Salão Recreio, uniu-se a um farmacêutico da cidade para lançar, em 1904, uma fábrica de água mineral.
E o vínculo da família não se perdeu com a morte dos antepassados, já que os filhos de Domingos, todos nascidos em Belo Horizonte, frequentaram Leopoldina e aqui mantinham relações de amizade até, pelo menos, a década de 1970. Netas de Domingos Sabino ainda hoje se referem à casa de seus parentes que existia na “Pracinha do ginásio”, onde hoje existe o edifício Athenas.
Além disso, nosso querido Ginásio foi cenário para alguns trechos do Filme "O menino no espelho" baseado na Obra do Escritor Fernando Sabino
Fonte: Jornal Leopoldinense, Internet,
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