Brasil lidera o G20 com a matriz elétrica mais renovável

Brasil lidera o G20 com a matriz elétrica mais renovável

Em 2023, 89% da energia gerada no país veio de fontes limpas, colocando-o bem à frente dos demais países do grupo; confira o ranking completo.

O Brasil destaca-se como o país com a matriz elétrica mais renovável entre as 20 maiores economias globais, conforme aponta um relatório da think tank de energia Ember. O estudo revela que, ao longo da última década, o país conseguiu atender à crescente demanda por eletricidade utilizando principalmente fontes renováveis, como a energia solar e eólica, o que resultou em uma significativa redução das emissões no setor elétrico.

A Ember sugere que outros países deveriam adotar o modelo de transição energética implementado pelo Brasil. Em 2023, as energias renováveis representaram 89% da matriz elétrica brasileira, muito acima da média global de 30%. Quase metade dos países do G20 ficam aquém dessa marca.

Essa alta participação de fontes renováveis no Brasil foi possível devido a uma base sólida de hidrelétricas e à rápida expansão da energia solar e eólica nos últimos anos. Em 2023, o Brasil foi o segundo país que mais cresceu em geração dessas fontes, com um aumento de 36 TWh, ficando atrás apenas da China.

Energia Solar

O relatório destaca o impressionante crescimento da energia solar no Brasil, que avançou 72%, passando de 30 TWh em 2022 para 52 TWh em 2023, sendo responsável por 7,3% da eletricidade gerada no país nesse período. Dados recentes apontam que esse ritmo de crescimento se mantém forte.

Entre janeiro e maio de 2024, a geração solar aumentou 68% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Como resultado, a participação da energia solar no Brasil é a maior entre todos os países do G20. De março de 2023 a abril de 2024, a energia solar fotovoltaica representou 9,1% da geração elétrica brasileira, enquanto a média do G20 foi de 6,4%.

Emissões

O relatório também aponta que as emissões do setor elétrico brasileiro atingiram o pico em 2014, com 114 milhões de toneladas de CO2. Em 2023, esse número foi reduzido em 38%, totalizando 70 milhões de toneladas, uma queda média de 6,7% ao ano.

No G20, 12 países, incluindo o Brasil, atingiram o pico de emissões há pelo menos cinco anos. Esses países foram responsáveis por 41% da geração elétrica do grupo em 2023.