Horário de Verão pode Gerar Economia de R$ 400 Milhões no Sistema Elétrico
Energia Solar em Salvador, BA
Horário de Verão pode Gerar Economia de R$ 400 Milhões no Sistema Elétrico
Horário de Verão pode Gerar Economia de R$ 400 Milhões no Sistema Elétrico
Medida pode reduzir em até 2,9% a demanda de energia no Brasil durante os meses de outubro a fevereiro, segundo um estudo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

A possível adoção do horário de verão no Brasil poderá gerar uma redução de até 2,9% na demanda máxima de energia elétrica e uma economia operacional de aproximadamente R$ 400 milhões entre outubro e fevereiro, conforme apontado por uma nota técnica do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
De acordo com o estudo, se reintroduzido no cenário atual, o horário de verão pode melhorar a eficiência do Sistema Interligado Nacional (SIN), especialmente no atendimento à demanda de pico durante o período noturno, entre 18h e 20h. É nesse horário que o sistema enfrenta o desafio de lidar com o aumento da demanda por energia, ao mesmo tempo em que ocorre a interrupção da geração de energia solar, tanto em grandes usinas quanto em sistemas distribuídos, como os de residências e comércios.
O levantamento indica uma redução significativa da demanda máxima noturna, tanto em dias úteis quanto nos finais de semana, sob quase todas as condições de temperatura. Além disso, o horário de verão ajudaria a postergar o pico de consumo em até duas horas, aliviando a chamada "rampa de carga" entre 18h e 19h e permitindo uma compensação mais prolongada pela queda na geração solar.
"Diante dos resultados, o estudo recomenda a implementação do horário de verão, pois traz benefícios claros ao setor elétrico, aumentando a eficiência do SIN e ampliando a capacidade de atendimento à demanda máxima durante o período noturno", afirma a nota técnica.
Avaliação do Governo Federal
Durante uma reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, informou que a adoção do horário de verão ainda será reavaliada pelo governo federal. No entanto, ele descartou a possibilidade de uma crise energética este ano.
"Não há risco de crise energética em 2024, mas precisamos tomar medidas preventivas para evitar eventuais problemas nos horários de pico. Nosso objetivo é garantir segurança energética e ao mesmo tempo manter tarifas acessíveis para os consumidores", declarou Silveira.
A reconsideração do horário de verão é motivada pela escassez de chuvas no Brasil, especialmente na região Norte, o que tem impactado negativamente os níveis dos reservatórios das hidrelétricas.
Segundo a estimativa mais recente do ONS, divulgada em 20 de agosto, os níveis de Energia Armazenada (EAR) ao final de setembro deverão superar 50% nos subsistemas Norte (74,3%) e Sul (54,7%). No Sudeste/Centro-Oeste, a projeção é de 46,6%, enquanto o Nordeste deve atingir 49,9%.
No que diz respeito à Energia Natural Afluente (ENA), os valores continuam abaixo da Média de Longo Termo (MLT) em todos os subsistemas. O Sul apresenta o melhor índice, podendo chegar a 62% da MLT no final de setembro, seguido pelo Norte com 50%, e o Sudeste/Centro-Oeste com 47%. O Nordeste, por sua vez, deve registrar o índice mais baixo, com 40% da MLT.
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