Lucro real: Como saber se é o regime correto?

Escolher o regime tributário correto é uma das decisões mais importantes para qualquer empresa, pois impacta diretamente na carga tributária e na saúde financeira do negócio. O Lucro Real é um dos regimes disponíveis no Brasil e pode ser a melhor opção para determinadas empresas, mas é essencial entender suas características antes de adotá-lo.

No Lucro Real, os tributos como IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) são calculados com base no lucro líquido da empresa, ou seja, sobre o faturamento descontadas as despesas operacionais e custos. Isso significa que, se a empresa tiver prejuízo em determinado período, não haverá incidência desses impostos, tornando esse regime vantajoso para negócios com margens de lucro reduzidas ou que apresentam variações significativas nos resultados.

Esse regime é obrigatório para empresas com faturamento anual superior a R$ 78 milhões, instituições financeiras e companhias que exercem atividades específicas, como factoring. Além disso, pode ser vantajoso para negócios com altos custos operacionais ou que possuem muitos créditos tributários a serem compensados, como aqueles do setor industrial e de exportação.

Por outro lado, o Lucro Real exige um controle contábil mais rigoroso, pois a empresa precisa manter registros detalhados de todas as receitas, despesas e movimentações financeiras. Isso pode aumentar os custos administrativos e demandar maior acompanhamento de uma assessoria contábil especializada.

Se sua empresa tem margens de lucro baixas, custos elevados ou oscilações no faturamento, o Lucro Real pode ser a melhor alternativa para reduzir a carga tributária de forma legal e estratégica. No entanto, para tomar essa decisão com segurança, é fundamental contar com o apoio de um contador qualificado, que poderá analisar detalhadamente as particularidades do seu negócio e indicar o regime tributário mais vantajoso.