Alienação parental: como identificar e combater esse problema.

A alienação parental é um problema sério que afeta não apenas a relação entre pais e filhos, mas também o desenvolvimento emocional e psicológico das crianças envolvidas. Esse termo refere-se a ações intencionais ou não de um dos genitores, ou mesmo de outros familiares, que buscam prejudicar o vínculo da criança com o outro responsável, criando um afastamento injustificado.
 

Os sinais de alienação parental podem ser sutis no início, mas é fundamental identificá-los para evitar consequências graves. Alguns dos indícios incluem:

• Comentários negativos constantes: A criança é exposta a críticas ou acusações contra o outro genitor.
• Resistência ou recusa de convivência: A criança começa a rejeitar, sem motivos claros, o contato com o pai ou a mãe.
• Relatos de situações irreais: A criança pode repetir histórias que não condizem com a realidade, muitas vezes induzidas pelo alienador.
• Sentimentos de culpa ou lealdade dividida: A criança demonstra desconforto ao falar ou interagir com um dos genitores, temendo "trair" o outro.

O impacto da alienação parental pode ser devastador para a criança, causando baixa autoestima, dificuldades de socialização, ansiedade e até depressão. Além disso, pode gerar uma ruptura emocional com o genitor alienado, afetando relações familiares no longo prazo.

Para combater esse problema, é essencial que as partes envolvidas busquem diálogo e mediação. Em casos mais complexos, a intervenção judicial pode ser necessária. A Lei da Alienação Parental (Lei nº 12.318/2010) no Brasil é um instrumento importante que prevê medidas legais para proteger a criança, podendo incluir desde advertências ao alienador até mudanças na guarda.

Também é fundamental o apoio psicológico para a criança e os genitores, promovendo um ambiente seguro e saudável para que o vínculo familiar seja restabelecido.

Alienação parental não é apenas um conflito familiar – é um problema que exige atenção, empatia e, muitas vezes, a atuação de profissionais especializados. Proteger os direitos da criança e assegurar que ela mantenha uma relação saudável com ambos os genitores é o objetivo principal na luta contra esse comportamento prejudicial.