As mil e uma raridades do Sebo Avalon

Com um acervo gigante dividido em três salas temáticas com livros, Histórias em Quadrinhos, Discos de Vinil e Cd’s, o sebo Avalon já chegou em sua maioridade somando 18 anos de existência, e ambiente repleto de raridades para atender um mercado formado basicamente por colecionadores.

A empresa familiar tem como diferencial a formação acadêmica em história dos proprietários Irani e Paulo Pizzigatti que consideram o espaço um grande museu com acervo à venda. “Temos muitos livros fora do catálogo das editoras além de raridades como o polêmico disco da Vanusa gravado em 1973 com acordes iguais ao do Black Sabbath (Sabbath Bloody Sabbath) lançado em 1974. Será que o Sabbath plagiou a Vanusa?”, questiona Paulo.

O acervo de livros soma mais de 10 mil volumes, mas a menina dos olhos dos historiadores empresários é o acervo em discos que ultrapassa a marca de 7 mil exemplares. “Muito do que tenho em meu acervo não quero nem vender e só abro mão se pagarem realmente o valor que quero. Tenho aqui uma motivação para reunir amigos aos finais de semana, ouvir um bom vinil e discutirmos sobre a vida, trabalho, história e música”, relata.

Pizzigatti recebeu a reportagem da Solutudo no início do mês e fez questão de mostrar a coleção de discos do acervo de Fausto Canova, colecionador que integrou o júri do Festival de Música Popular Brasileira de 1968, que tinha acabado de adquirir de sua viúva.

Bastante cuidadoso, abriu alguns exemplares e comentou: “Olha que maravilha, nenhum risco, nenhuma mancha, capa perfeita. Não tem a necessidade nem de lavar para a venda. Acervo intocável”, comemora.

Mesmo com os pés na antiguidade no que diz respeito ao acervo o sebo não deixou de colocar as duas mãos na modernidade e mantém canais de comunicação com colecionadores e apreciadores desse tipo de material na internet através de uma página no Facebook e no Instagram.

“Outro dia postei um material à venda no instagram e poucas horas depois veio até a loja um cidadão querendo a peça e me explicou que um amigo de Minas Gerais tinha visto na rede social e pediu para ele vir buscar”, relata.

A visita da reportagem foi interrompida pela estudante universitária de Osasco Bruna Rodrigues, 20 anos, (foto ao lado) que disse ao livreiro que estava atrás de um livro há oito meses, quase um parto, e que já havia percorrido todos os sebos da Capital e não havia encontrado. Pizzigatti consultou seu acervo e em menos de dois minutos retornou com o exemplar em mãos.

“Sou uma verdadeira rata de sebo e estou impressionada com a qualidade e rapidez. Estou vendo uma série de obras difíceis de encontrar nas prateleiras estou realmente fascinada”, disse.

Para quem gosta de eventos literários e musicais fique atento às redes sociais do sebo, pois eles promovem atividades periódicas aos finais de semana.

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SÉRIE SEBOS

Se você gostou dessa matéria é importante saber que ela faz parte de uma série onde tentamos mostrar um poucos dos três sebos mais conhecidos da cidade.

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