Cápsulas do tempo perdidas: a história enterrada sob nossos pés

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Cápsulas do tempo perdidas: a história enterrada sob nossos pés

Publicado em: 05/02/2019 às 12:06   Por Solutudo Matriz - Botucatu
João Carlos Figueiroa_Editada

Fazer um buraco e encontrar uma caixa hermeticamente fechada com documentos, vídeos, revistas, jornais e até mesmo eletroeletrônicos de séculos passados pode parecer o início de uma história de ficção científica, mas não é. E a possibilidade disso vir a acontece, apesar de remota, existe.

O historiador João Carlos Figueiroa (Foto), explica que é comum entidades, instituições e órgãos públicos, montarem cápsulas do tempo e enterrarem em suas fundações e terrenos.

“São recipientes contendo o registro de uma época, com jornais locais, nacionais e objetos mostrando o contexto histórico da ocasião. Geralmente com data certa para sua abertura”, explica.

É possível mapear as cápsulas do tempo? Onde elas estão? De acordo com o historiador, muitas delas acabam se perdendo, porém isso não tira o seu valor histórico, pois um dia elas serão encontradas e contarão um pouco de nossa história passada.

“Em Botucatu temos cápsulas que nunca encontramos. Algumas estão no Mercadão Municipal, Colégio Santa Marcelina, Casa das Meninas e no Santuário de Lourdes, além de outras que não tenho conhecimento”, disse. “A mais recente que está em local desconhecido é a do novo Fórum Municipal, foi colocada entre 2010 e 2012, mas o servidor que fez isso (David José Devidé) faleceu e com ele foi a localização exata da cápsula”, acrescenta.

A cerimônia de colocação da cápsula no Mercadão Municipal foi acompanhada pelo historiador em 14 de abril de 1955. “Eu estava presente mas não tenho como apontar ao certo onde está esse material”, ressalta.

Podemos estar literalmente pisando na história quando visitamos a Praça do Paratodos (Coronel Moura), lá existe uma cápsula perdida. “Foi colocada no Monumento da Independência, em 1922 e está programada a abertura em 2022. Ao longo desse tempo a praça passou por reformas e não sabemos ao certo onde está localizada”, revela.

Apesar das cápsulas perdidas temos várias que estão muito bem localizadas com informações de coordenadas. Entre elas está o material enterrado na praça Rubião Júnior, ao lado da Prefeitura Municipal de Botucatu. Ela foi instalada em 24 de maio de 2016, e para marcar o local e garantir que não se perca foi erigido um Obelisco. “Esse obelisco tem todas as informações necessárias para a retirada na data programada”, diz.

Em local bastante visível também temos a cápsula da Praça do Bosque (Emílio Peduti), o material histórico foi colocado no interior da estátua do cantor Raul Torres. A coleta do conteúdo foi coordenada pelo então guia turístico Fernando Pereira e instalada no interior da estátua pelo escultor que assina a obra, Pedro César. “A cápsula do Bosque foi uma iniciativa independente e não tem data de abertura e nem devemos esperar por isso, pois seria necessário abrir parte do monumento e acredito que essa possibilidade nunca venha a acontecer”, ressalta.

A Sabesp de Botucatu também possui uma dessas cápsulas, ela fica em sua sede protegida por um vidro. “Em termos de preservação e cuidados essa, e a que está sob o obelisco na Praça Rubião Júnior são as conservadas”, revela Figueiroa.


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