O impacto do uso excessivo do celular na postura e na saúde da coluna cervical.

Hoje em dia, não falamos mais em “postura errada”, mas sim sobre o tempo que permanecemos em uma mesma posição. O problema não está exatamente na postura em si, e sim na repetição e na manutenção prolongada dela ao longo do tempo.

Pense, por exemplo, em um cirurgião que passa horas em uma mesma posição durante uma operação. Se ele mantém uma rotina de atividades físicas e faz pausas ao longo do dia, é possível que não desenvolva dores ou desconfortos. O mesmo acontece com dentistas, que muitas vezes trabalham em posturas inclinadas ou assimétricas. Nem todos desenvolvem dor, justamente porque outros fatores também influenciam, como condicionamento físico, ergonomia e estresse.

Falando em estresse, ele é um grande vilão para a nossa musculatura — especialmente para regiões mais superficiais, como o trapézio. Esse músculo, que se estende desde a base do crânio (na região do osso occipital) até os ombros e parte das costas, é um dos que mais sofre com tensão emocional. Por isso, é muito comum que pacientes relatem dores nos ombros e no pescoço em momentos de sobrecarga mental ou ansiedade.

É fundamental entendermos que o corpo responde aos nossos hábitos e também às nossas emoções. Músculos como o trapézio, por exemplo, ficam mais propensos a contraturas quando estamos estressados, tensos ou quando passamos muito tempo sentados sem pausa, em frente ao computador ou ao celular.

Por isso, além de cuidar da postura, é importante prestar atenção ao tempo que você passa na mesma posição, fazer pausas, movimentar o corpo e buscar formas de aliviar o estresse — seja por meio de exercícios, respiração consciente, terapias ou acompanhamento profissional.

Lembre-se: o movimento é essencial para a saúde do corpo e da mente.