Como fica o meu aluguel com a alta do IGP-M?

Advocacias em Bauru, SP

Como fica o meu aluguel com a alta do IGP-M?

Publicado em: 20/05/2021 às 14:56   Por Borges, Nardo & Advogados Associados
IGPM

Negociação, equilíbrio e consenso, são os fatores principais para a sustentar a continuidade do contrato de aluguel

Nos últimos meses foi possível observar um aumento drástico no valor do aluguel de muitos inquilinos aqui no Brasil. Esse feito foi causado pelo aumento do IGP-M, o Índice Geral de Preços Mercado.

 

O IGP-M é um indicador que possui por objetivo medir preços para reajustar vários setores econômicos incluindo também, os contratos de imóveis. É medido mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), visando analisar as oscilações da economia ao longo do mês.

 

No último ano, o índice sofreu um aumento de 23,14%, a maior alta desde 2002. Por ser o principal fator de reajuste dos contratos de aluguéis, houve dificuldade por parte dos inquilinos com os proprietários de imóveis, para conseguir resolver a situação das parcelas que aumentaram de forma radical.

 

Muitos inquilinos tiveram alguns problemas em relação a este reajuste, pois receberam a notícia do aumento de forma inesperada, em um momento que, muitos sofreram redução salarial por conta da pandemia, além da instabilidade econômica.

 

Mas então, o que fazer com meu contrato?

Nos dias atuais e ainda mais no período anormal que estamos vivendo, novas posturas devem ser tomadas a fim de resolver os problemas que acabam surgindo. É necessário que haja um acordo entre o inquilino e o proprietário, no intuito de beneficiar os dois lados.

 

A negociação é um dos fatores mais importantes para que este acordo seja concretizado. Isso fará com que seja analisado a situação tanto do inquilino, quanto do proprietário a fim de verificarem juntos, a melhor forma de reajustar o valor e fazer com que ambos permaneçam com o contrato ativo.

 

Além disso, é primordial que o inquilino diga ao proprietário por quanto tempo pretende ficar no imóvel para que juntos, possam chegar em um consenso. Cabe ao inquilino também reforçar com o locatário que tem por objetivo ser um bom pagador, respeitar as regras do condomínio e conservá-lo muito bem.

 

Outras opções que podem ajudá-lo a negociar o reajuste do aluguel são:

  • ● comprovar para o proprietário a redução salarial, caso o locador tenha sido afetado por ela;
  • ● analisar a possibilidade de descontos em pagamentos feitos com antecedência;
  • ● sugerir um valor de aluguel justo para ambos os lados;
  • ● verificar a possibilidade de reajustar o valor através de outros indexadores, como por exemplo, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

 

Estas são algumas ações que podem ser tomadas pelo inquilino para que seja possível chegar em comum acordo com o proprietário. O equilíbrio entre as partes, é o que contribuirá para melhor solução do problema. Muitos locadores podem demonstrar certa irredutibilidade ao reajustar o valor, no entanto, no último ano houve muito mais imóveis vagos do que inquilinos buscando de fato locações. Dessa forma é possível observar que a renegociação se faz necessária e eficaz, apresentando-se como a melhor opção.

 

Em último caso, se não houver concordância entre as partes, é possível entrar com uma ação revisional do aluguel, que é previsto na Lei do Inquilinato.

 

Foto: Markus Winkler on Unsplash


aluguelreajuste aluguelaluguel 2021IGP-Mreajuste aluguel IGPMaluguel alto 2021negociar aluguelrevisão aluguelreajuste de aluguel na pandemiareajuste aluguel igpmreajuste aluguel igp mreajuste aluguel 2021reajuste aluguel altoalta igp malta igpm

Salvamos dados da sua visita para melhorar e personalizar sua experiência aqui na Solutudo. Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade.