Todos nós ao nascermos, não chegamos ao mundo como uma “folha em branco”, pois nos acompanha não somente o que se refere à genética, mas também toda a história da família. Num processo transgeracional, trazemos as diversas informações – cultura, costumes, valores etc., de no mínimo, desde a quinta geração que nos antecedeu.
Uma vez concebidos, no conforto, ou não, na placenta materna, passamos a receber influências tanto do ponto de vista físico/químico, como psicológico. Tudo que nossa mãe ingeriu e assim como seus pensamentos de afeto positivo ou negativo vão ter influência física e psicológica no feto/bebê, seja para o bem ou para o mal.
Após termos nascido, às informações que já trazemos são acrescentadas as nossas vivências, sobre o conforto, ou não, da “placenta familiar”. Nesse período, também somos afetados pelo que comemos, bebemos, e também pelas experiências boas e ou adversas*.
Por volta dos sete anos, como se ocorresse um fechamento de nosso “pendrive”, muitos dos traumas e das experiências adversas, ficam como que retidas, presas no nosso inconsciente. E como não as acessamos naturalmente, a manifestação vem em forma de sintomas, sejam físicos, sejam emocionais, ou até mesmo juntos e misturados.
A psicanálise propõem ser um “lugar de escuta”, com sigilo, sem julgamentos, sem censuras, onde o indivíduo é instado a falar livremente. E, por meio da fala livre, dos atos falhos ao falar e da interpretação dos sonhos, possa tomar contato com o que o inconsciente estaria a lhe dizer.
Assim, o processo da psicanálise visa um crescimento mental do indivíduo através do acesso ao conteúdo inconsciente, trazendo-o para o consciente, de forma que o indivíduo possa tomar contato com o mesmo, e ressignificá-lo. E, uma vez ressignificado, libertar-se das “raízes” dos sintomas sofridos até então.
No Capítulo 3 do meu livro “SUA MAJESTADE, a Codependência – Súdito, Eu?” (www.amazon.com.br), apresento informações e pesquisa sobre as consequências na vida dos indivíduos que tenham passado por experiências adversas na infância.
